quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Seriados True Blood


Para quem possui HBO, domingo às 22h novo episódio de True Blood e reprise as segundas no HBO Plus às 23h30. Domingo 18-jan foi o primeiro episódio.

"Se você perdeu a estréia, ainda dá tempo de acompanhar a série. O primeiro episódio de True Blood será reprisado no canal HBO nesta quinta (22), às 21h, e no sábado (24), às 22h35. Já o HBO 2 exibe o piloto na sexta-feira (23), à 0h, e no domingo (25/1), à 1h35."
Fonte: Poltrona TV


>>Segue matéria da revista Veja de 14 Janeiro de 2009.<<

U
ma gente diferente


Na instigante série True Blood, os vampiros saem do armário – e têm de enfrentar o preconceito

Um produto desenvolvido pelos japoneses desencadeou uma revolução de costumes: graças ao TruBlood, um sangue sintético que imita quase à perfeição o original humano, os vampiros que assim o desejam podem viver como seres sociais, sem mais se alimentar na jugular de inocentes. Milhares deles, então, saíram do armário – ou do caixão. Junto com eles, emergiu uma subcultura que agora quer ter direito à propriedade, ao voto, ao casamento. E, como seria de esperar, uma onda de resistência se formou também. Grupos religiosos invocam o fogo do inferno contra a abominação de seres que não são mortos nem vivos; e a gente do interior ouve com desconfiança os rumores sobre pessoas depravadas que se entregam ao sexo perigoso com vampiros (as mordidas são imprescindíveis durante a transa), ou sobre as redes para o tráfico de "V" – o sangue dos vampiros, que, em seres humanos, tem o efeito de uma droga ultrapotente. Gente provinciana como, por exemplo, a de Bon Temps, na Louisiana, um desses redutos sulistas em que a valentia dos soldados confederados na Guerra Civil dos anos 1860 ainda é comemorada. Bon Temps, assim, entra em polvorosa com a chegada de seu primeiro vampiro. Não estivesse ele morto há um século e meio, William Compton (Stephen Moyer) seria um herói local, já que lutou pelo Sul durante a Secessão. Mas, quando ele aparece para reclamar a casa da família e se encanta com a garçonete Sookie Stack-house (uma adorável Anna Paquin), "Vampire Bill" logo se torna suspeito de uma série de assassinatos que estão abalando Bon Temps. Esse entrecho ao mesmo tempo fantasioso e crivado de comentário social é o ponto de partida de uma série instigante – True Blood, que estreia neste dia 18, às 22 horas, no canal HBO.

Depois de se dedicar a uma família californiana de agentes funerários em A Sete Palmos, o criador e roteirista Alan Ball passa aqui para o gótico – e o cômico, o romântico, o dramático e o policial: um dos trunfos de True Blood é não se ater a convenções de gênero, fundindo-os todos de maneira quase sempre fluida. Como na série anterior e no roteiro de Beleza Americana, porém, Ball tem um ponto firmemente em vista. Em oposição à imagem de mobilidade social ilimitada da sociedade americana, ele argumenta que as regras para a aceitação são restritas: ter a cor, a orientação sexual, a origem, a profissão ou a crença "errada" joga o indivíduo à margem. Donde todos estão de certa forma à margem, e lutando para se incluir em um círculo ideal que nunca se abrirá de fato. Sookie, que tem o dom incômodo da telepatia, sempre foi considerada diferente – mas, ao se envolver com Bill, percebe que a sua exclusão é muito mais extensa do que imaginava. Os pensamentos que ela ouve (e que às vezes são manifestados alto e bom som) sobre si própria e sobre os vampiros são de um preconceito mesquinho e chocante. Muito mais, ainda, por nada terem de original. São todas aquelas velhas frases que já foram ditas, e não raro continuam a sê-lo, sobre os negros, os judeus, os homossexuais e todos os outros que em algum momento sejam alvo de desfavor. Em True Blood, os vampiros são só mais uma dessas classes – e certamente não a última.


C
omo são os vampiros de True Blood
  • Durante o dia, dormem em caixões ou enterrados no chão: a luz solar faz com que derretam lenta e dolorosamente. A outra coisa que pode destruí-los é a tradicional estaca no coração. Vale até perna de mesa
  • São alérgicos à prata. Uma simples correntinha do metal é capaz de imobilizá-los. Mas são imunes a crucifixos e água benta. Acham o alho apenas irritante
  • Seu reflexo pode, sim, ser visto em espelhos. Mas só podem entrar na casa de um ser humano se convidados
  • Quanto mais velhos ficam, mais fortes se tornam. E, quanto mais vivem (maneira de dizer, claro) apenas entre si, mais distantes se tornam dos humanos
  • Graças às propriedades de seu sangue, regeneram-se até de ferimentos gravíssimos. Se ingerido por humanos, ele age como uma fortíssima droga lisérgica e afrodisíaca

*Mais links

- http://www.poltrona.tv/true-blood-discute-o-medo-e-o-preconceito/
- http://www.guiadeseriados.com.br/categoria/series/true-blood/ (Possui um resumo dos episódios ainda inéditos no Brasil)
- http://www.minhaserie.com.br/serie/324-true-blood/
- http://www.tlablog.com/2008/09/showtime-showdown-part-2.html
- http://www.comicmix.com/news/2008/09/06/early-review-true-blood/

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